sábado, 4 de abril de 2009

MELHOR APROVEITAMENTO DO TREINAMENTO

Olá amigos,

Assim como eu havia dito, neste tópico trataremos do tema sobre como otimizar e quantificar a carga de treinamento. Lembrando a todos que estas informações são genéricas e não devem ser seguidas a risca. O blog tem a intenção de informar sobre os processos do treinamento esportivo e não treinar as pessoas através dele. Caso queiram maiores orientações procurem um profissional habilitado para isso.

Um dos desafios na montagem de programas de treino é justamente o fato de como otimizar a utilização de sobrecargas e de recuperação no atleta. O ganho máximo do desempenho é o produto final, mas a questão é: Existe uma fórmula ideal para a aplicação de cargas e de períodos de recuperação para se atingir o máximo desempenho?

Este tipo de questionamento dificilmente encontrará resposta na literatura científica e depende muito mais da experiência do técnico e de sua intuição na predição de programas de treinamento. A planificação do treinamento é uma das saídas para que as combinações ótimas de sobrecarga e recuperação possam acontecer com segurança.

Existem exames que podem afirmar se o treinamento e benéfico ou não para a performance do atleta. Estes exames são invasivos mas apresentam resultados que podem ser usados como referências para a aplicação de sobrecargas e recuperações ótimas.

Analisar a relação entre Cortisol e Testosterona pode ser uma delas. Isto porque a Testosterona é um hormônio produzido naturalmente pelo nosso organismo e está ligado diretamente ao ganho de massa muscular e redução da gordura corporal, estimulando o metabolismo favorecendo a utilização do substrato lipídico. De modo simplificado, a testosterona atua no organismo através da ação anabólica, juntamente com o Hormônio do Crescimento (hGH) e a Insulina, favorecendo a síntese protéica sendo essencial para o ganho de massa muscular. Já o hGH revitaliza o sistema imunológico, e estimula a ação anti-catabólica do tecido muscular, e por fim a Insulina é o meio de transporte de aminoácidos e glicose para dentro das células.

O Cortisol possui a ação contrária a Testosterona, pois ele decompõe o tecido muscular. Normalmente o Cortisol é liberado em situações de grande estresse físico e mental e alta temperatura, sendo caracterizado como principal hormônio catabólico. Apesar disso, o Cortisol controla a reação inflamatória do organismo e a quantidade de glicose no sangue durante os períodos de estresse.

Sendo assim, a relação entre estes hormônios pode ser um "termômetro' a respeito da predição de volume e intensidade de exercícios físicos. Num primeiro momento, utilizar-se de modelos matemáticos na organização dos treinos e períodos de treinamento, pode ser um boa opção na determinação do equilíbrio ótimo de sobrecarga e recuperação durantes os mesociclos.

Isto é apenas a ponta de um iceberg, pois há muitas áreas do treinamento esportivo que necessitam de pesquisas mais profundas sobre como quantificar o treinamento. Em minha metodologia de treino procuro quantificar as sessões de treinamento de diferentes durações e intensidades, nas quais sessões de curta duração e alta intensidade relacionam-se com sessões de longa duração e baixa intensidade.

Até a próxima!

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