segunda-feira, 4 de junho de 2012

QUAIS AS CONSEQUÊNCIAS DA FALTA OU EXCESSO DE SONO NO TREINO?

Prezados seguidores,


Neste final de semana, eu e a minha equipe participamos da prova 10K Brasil. Um de nossos atletas não teve um bom rendimento, e já sabendo que o mesmo trabalha durante longos preíodos de tempo perguntei quantas horas havia dormindo. O mesmo me respondeu 4 horas... a resposta para o baixo desempenho poderia ser esta?

Para a minha surpresa hoje recebi um mailing contendo breve informações sobre o sono e resolvi compartilhar com vocês. Tudo bem que não é uma especialista sobre sono, mas vale a informação. Boa leitura!

Ao dormir tarde, ou ter um tempo reduzido de descanso, é normal se sentir cansado e não render tanto no dia seguinte devido à falha na recuperação e regeneração tecidual. Regular o sono é importante para o treinamento, se o sono não for na quantidade certa e de forma adequada, você poderá sentir diferença no treino. Também é possível sentir diferença ao dormir mais do que o normal, ou seja, quando acordamos mais tarde que o comum. Isso porque o metabolismo fica lento e o atleta sente o corpo mais pesado e menos responsivo. Descanse após as provas (no mesmo dia por cerca de 20 horas) e faça treinos leves nos dias seguintes com uma corrida para ajudar a recuperar a musculatura. Não faça repouso absoluto caso esteja com um pouco de dor muscular no dia seguinte. Isso se chama descanso ativo, ou treino regenerativo, e serve para reestruturar a musculatura que sofre inúmeras microlesões durante a atividade recuperando as fontes energéticas gastas. Evite fazer provas com um intervalo menor de 20 dias. Isso porque competição, ao se esforçar ao máximo, a intensidade geralmente é maior que a do treino, o que gera uma sobrecarga corporal, que necessitará de tempo para recuperação. Suplementos alimentares e alimentação supervisionada por nutricionista aceleram a reposição dos estoques de nutrientes usados durante a corrida e ajudam no metabolismo e sono.
Por Dra. Ana Paula Simões -  Consultora de ortopedia e traumatologia esportiva. Especialista em medicina e cirurgia do pé e tornozelo, assistente do grupo de traumatologia do esporte da Santa Casa de São Paulo e atual médica da seleção brasileira feminina de futebol Sub-20.