Saudações Pessoas,
Quero pedir desculpas a todos que acompanham este blog, pois neste final de mês (abril) fiquei muito atribulado com o meu trabalho e a preparação de alguns atletas, o que demandou muito tempo do meu dia. Mas agora a situação está normalizada e novamente trarei mais informações para auxiliá-los em seus treinos. Tenho recebido muitos recados a respeito da especificidade do blog e de sua qualidade sobre as matérias postadas. Aproveito para agradecer os elogios recebidos, pois através destes comentários estarei direcionando os meus esforços em prol do desenvolvimento da área de treinamento esportivo e afins. Mais uma vez obrigado a todos os que acompanham o blog.
Nesta semana resolvi trazer um tema que tem continuidade com a planificação do treinamento esportivo. Trata-se do limiar ventilatório. Mas o que é este limiar?
Simplificadamente serve de parâmetro de capacidade e de referência para a prescrição de treinamento em exercícios de resistência aeróbica. A literatura científica afirma que a avaliação da aptidão física é fundamental para aqueles que visam atingir o auge da forma física em momento oportuno. Sendo assim, a aptidão física cardiorrespiratória pode ser quantificada de maneira precisa por testes de potência aeróbica, também denominados de ergoespirométricos.
Esta terminologia de limiar ventilatório (LV) foi proposta por dois pesquisadores em 1964 (Wasserman e McIlroy) com o intuito de determinar, de forma indireta (não invasiva), a intensidade de esforço em que o lactato no sangue sofre elevação em relação ao valor de repouso, durante teste de esforço progressivo. A formação do ácido láctico proveniente do metabolismo anaeróbico é importante por permitir a manutenção da atividade física durante o exercício intenso, ou seja, em seres humanos a concentração sanguínea de lactato aumenta exponencialmente com o exercício de intensidade.
Para o atleta entender como funciona isso, o limiar anaeróbio é determinado por meio das alterações ventilatórias (hiperventilação pulmonar, aumento da fração expirada de oxigênio, aumento das trocas gasosas - simplificadamente). Portanto quando estamos ofegantes durante a atividade de alta intensidade, provavelmente teremos atingido o limiar ventilatório. Entretanto, alguns indivíduos com doença pulmonar obstrutiva, obesos, sedentários, fumantes, essas respostas ventilatórias podem não estar presentes, sendo assim prejudicada a identificação do limiar anaeróbio.
Mas para que serve esta avaliação? Com certeza esta é a pergunta que vocês leitores devem estar se questionando. O limiar anaeróbio representa um intensidade de esforço em que ocorre o estado estável do exercício, possibilitando a manutenção do exercício de longa duração. Trata-se não apenas de um índice da aptidão cardiorrespiratória, mas também um importante indicador de intensidade de treinamento aeróbio.
Portanto, meus caros, realizar uma avaliação ergoespirométrica pode ser o indicador que faltavam para vocês atingirem novos objetivos na performance esportiva. Com certeza seus técnicos entrarão num consenso sobre a utilidade desta avaliação. Espero ter colaborado com suas dúvidas. Vou deixar um vídeo que representa como uma pessoa saudável pode ter uma melhor tolerância a acidose em situações de estresse físico.
Abraço a todos e bons treinos!
Treinar o corpo não basta. É preciso treinar a mente também, portanto leia!
terça-feira, 21 de abril de 2009
sábado, 4 de abril de 2009
MELHOR APROVEITAMENTO DO TREINAMENTO
Olá amigos,
Assim como eu havia dito, neste tópico trataremos do tema sobre como otimizar e quantificar a carga de treinamento. Lembrando a todos que estas informações são genéricas e não devem ser seguidas a risca. O blog tem a intenção de informar sobre os processos do treinamento esportivo e não treinar as pessoas através dele. Caso queiram maiores orientações procurem um profissional habilitado para isso.
Um dos desafios na montagem de programas de treino é justamente o fato de como otimizar a utilização de sobrecargas e de recuperação no atleta. O ganho máximo do desempenho é o produto final, mas a questão é: Existe uma fórmula ideal para a aplicação de cargas e de períodos de recuperação para se atingir o máximo desempenho?
Este tipo de questionamento dificilmente encontrará resposta na literatura científica e depende muito mais da experiência do técnico e de sua intuição na predição de programas de treinamento. A planificação do treinamento é uma das saídas para que as combinações ótimas de sobrecarga e recuperação possam acontecer com segurança.
Existem exames que podem afirmar se o treinamento e benéfico ou não para a performance do atleta. Estes exames são invasivos mas apresentam resultados que podem ser usados como referências para a aplicação de sobrecargas e recuperações ótimas.
Analisar a relação entre Cortisol e Testosterona pode ser uma delas. Isto porque a Testosterona é um hormônio produzido naturalmente pelo nosso organismo e está ligado diretamente ao ganho de massa muscular e redução da gordura corporal, estimulando o metabolismo favorecendo a utilização do substrato lipídico. De modo simplificado, a testosterona atua no organismo através da ação anabólica, juntamente com o Hormônio do Crescimento (hGH) e a Insulina, favorecendo a síntese protéica sendo essencial para o ganho de massa muscular. Já o hGH revitaliza o sistema imunológico, e estimula a ação anti-catabólica do tecido muscular, e por fim a Insulina é o meio de transporte de aminoácidos e glicose para dentro das células.
O Cortisol possui a ação contrária a Testosterona, pois ele decompõe o tecido muscular. Normalmente o Cortisol é liberado em situações de grande estresse físico e mental e alta temperatura, sendo caracterizado como principal hormônio catabólico. Apesar disso, o Cortisol controla a reação inflamatória do organismo e a quantidade de glicose no sangue durante os períodos de estresse.
Sendo assim, a relação entre estes hormônios pode ser um "termômetro' a respeito da predição de volume e intensidade de exercícios físicos. Num primeiro momento, utilizar-se de modelos matemáticos na organização dos treinos e períodos de treinamento, pode ser um boa opção na determinação do equilíbrio ótimo de sobrecarga e recuperação durantes os mesociclos.
Isto é apenas a ponta de um iceberg, pois há muitas áreas do treinamento esportivo que necessitam de pesquisas mais profundas sobre como quantificar o treinamento. Em minha metodologia de treino procuro quantificar as sessões de treinamento de diferentes durações e intensidades, nas quais sessões de curta duração e alta intensidade relacionam-se com sessões de longa duração e baixa intensidade.
Até a próxima!
Assim como eu havia dito, neste tópico trataremos do tema sobre como otimizar e quantificar a carga de treinamento. Lembrando a todos que estas informações são genéricas e não devem ser seguidas a risca. O blog tem a intenção de informar sobre os processos do treinamento esportivo e não treinar as pessoas através dele. Caso queiram maiores orientações procurem um profissional habilitado para isso.
Um dos desafios na montagem de programas de treino é justamente o fato de como otimizar a utilização de sobrecargas e de recuperação no atleta. O ganho máximo do desempenho é o produto final, mas a questão é: Existe uma fórmula ideal para a aplicação de cargas e de períodos de recuperação para se atingir o máximo desempenho?
Este tipo de questionamento dificilmente encontrará resposta na literatura científica e depende muito mais da experiência do técnico e de sua intuição na predição de programas de treinamento. A planificação do treinamento é uma das saídas para que as combinações ótimas de sobrecarga e recuperação possam acontecer com segurança.
Existem exames que podem afirmar se o treinamento e benéfico ou não para a performance do atleta. Estes exames são invasivos mas apresentam resultados que podem ser usados como referências para a aplicação de sobrecargas e recuperações ótimas.
Analisar a relação entre Cortisol e Testosterona pode ser uma delas. Isto porque a Testosterona é um hormônio produzido naturalmente pelo nosso organismo e está ligado diretamente ao ganho de massa muscular e redução da gordura corporal, estimulando o metabolismo favorecendo a utilização do substrato lipídico. De modo simplificado, a testosterona atua no organismo através da ação anabólica, juntamente com o Hormônio do Crescimento (hGH) e a Insulina, favorecendo a síntese protéica sendo essencial para o ganho de massa muscular. Já o hGH revitaliza o sistema imunológico, e estimula a ação anti-catabólica do tecido muscular, e por fim a Insulina é o meio de transporte de aminoácidos e glicose para dentro das células.
O Cortisol possui a ação contrária a Testosterona, pois ele decompõe o tecido muscular. Normalmente o Cortisol é liberado em situações de grande estresse físico e mental e alta temperatura, sendo caracterizado como principal hormônio catabólico. Apesar disso, o Cortisol controla a reação inflamatória do organismo e a quantidade de glicose no sangue durante os períodos de estresse.
Sendo assim, a relação entre estes hormônios pode ser um "termômetro' a respeito da predição de volume e intensidade de exercícios físicos. Num primeiro momento, utilizar-se de modelos matemáticos na organização dos treinos e períodos de treinamento, pode ser um boa opção na determinação do equilíbrio ótimo de sobrecarga e recuperação durantes os mesociclos.
Isto é apenas a ponta de um iceberg, pois há muitas áreas do treinamento esportivo que necessitam de pesquisas mais profundas sobre como quantificar o treinamento. Em minha metodologia de treino procuro quantificar as sessões de treinamento de diferentes durações e intensidades, nas quais sessões de curta duração e alta intensidade relacionam-se com sessões de longa duração e baixa intensidade.
Até a próxima!
Assinar:
Postagens (Atom)